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Tangido Púrpura | por Rodrigo de Haro

Poeta, escritor e pintor


Albertina Prates é um talento polimorfo. Atua também no canto e no Teatro. Percebe-se em sua pintura uma clara dimensão cenográfica. Música da caligrafia sustentada pelo bel-canto. De caráter bissexto no início, a partir das últimas exposições denota o propósito de um aprofundamento cada vez maior.


Enfim, tanger a púrpura é uma bela metáfora para a reflexão do homem diante de sua obra. Das exigências e dos enfrentamentos decorrentes o processo da criação nasce a púrpura Sangue das moreias obscuras que circulam nas profundezas do inconsciente.


O trabalho de Albertina propõe esta grave sondagem, atestado de maturidade e enfrentamento. Mas a púrpura é também o selo trágico da realeza. Da realeza imperial-imperiosa de toda criatura de olhos abertos para o destino.



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